Geração própria de energia solar atinge 10 gigawatts e traz mais de R$ 52,4 bilhões de investimentos ao País

Geração própria de energia solar atinge 10 gigawatts e traz mais de R$ 52,4 bilhões de investimentos ao País

A energia solar acaba de atingir a marca histórica de 10 gigawatts (GW) de potência instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos de residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos no Brasil. Isso equivale a 71,4% da capacidade da usina hidrelétrica de Itaipu, segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).

De acordo com a entidade, o País possui atualmente mais de 930 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede. Isso traz economia e sustentabilidade ambiental para mais de 1,1 milhão de unidades consumidoras. Desde 2012, foram mais de R$ 52,4 bilhões em novos investimentos. O que gerou mais de 300 mil empregos acumulados no período, espalhados em todas as regiões do Brasil.

Embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil – detentor de um dos melhores recursos solares do planeta – continua atrasado no uso da geração própria de energia solar. Dos mais de 89 milhões de consumidores de energia elétrica do País, apenas 1,3% já faz uso do sol para produzir eletricidade, limpa, renovável e competitiva.

Segundo a ABSOLAR, 2022 poderá assim ser o melhor ano da energia solar já registrado no Brasil desde 2012. Espera-se o maior crescimento do mercado e do setor na última década. De acordo com análise da entidade, a geração própria de energia solar seguirá crescendo a passos largos. Ela deverá praticamente dobrar sua potência operacional instalada. O crescimento será impulsionado pelos aumentos nas tarifas de energia elétrica acima da inflação e pela publicação da Lei nº 14.300/2022.

De acordo com a entidade, a tecnologia solar fotovoltaica já está presente em mais de 5.470 municípios e em todos os estados brasileiros. Os estados líderes em potência instalada são, respectivamente: Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná.

“A energia solar terá portanto função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento econômico e ambiental do País. Sobretudo neste momento, para ajudar na recuperação da economia, já que se trata da fonte renovável que mais gera empregos no mundo”, aponta o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.

“A energia solar tem ajudado a baratear a conta de luz de todos os brasileiros com a redução do uso de termelétricas fósseis. Elas são mais caras e poluentes e responsáveis portanto pelas bandeiras tarifárias que encarecem a conta de luz”, comenta o presidente do Conselho de Administração da entidade, Ronaldo Koloszuk.

Indicadores da geração própria de energia solar

A fonte solar lidera com folga o segmento, com mais de 99,9% das instalações do País. Em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, com 77,3% das conexões. Na seguência, aparecem os pequenos negócios dos setores de comércio e serviços (12,7%). Em seguida vêm os consumidores rurais (7,7%), indústrias (2,0%), poder público (0,3%) e outros tipos, como serviços públicos (0,02%) e iluminação pública (0,01%).

Em potência instalada, os consumidores residenciais lideram o uso da energia solar, com 44,2% da potência instalada no País. Eles são seguidos de perto pelos pequenos negócios dos setores de comércio e serviços (32,9%), consumidores rurais (13,9%), indústrias (7,8%), poder público (1,1%) e outros tipos, como serviços públicos (0,1%) e iluminação pública (0,02%).

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