Painel elétrico de média tensão permite controle e detecta falhas a quilômetros de distância

Painel elétrico de média tensão permite controle e detecta falhas a quilômetros de distância

Os cubículos blindados ou células modulares de média tensão (MT) são equipamentos fundamentais em instalações elétricas, pois garantem o funcionamento da eletricidade em diversos ambientes. Nestes painéis MT estão contidos componentes que protegem, controlam e distribuem a eletricidade em diferentes locais, como data centers, aeroportos, hospitais, shoppings e, especialmente, indústrias.

Painel elétrico de média tensão permite controle e detecta falhas a quilômetros de distância

“Um painel de média tensão que apresente falhas pode colocar em risco a operação do local, com a interrupção do serviço por falta de energia. E também colocar em risco os trabalhadores desses locais. Por isso é importante trabalhar com cubículos certificados e com bastante componentes tecnológicos”, diz o engenheiro elétrico Meneghetto Alberti, gerente comercial da Engerey Painéis Elétricos.

Alberti explica que 25% dos problemas com esse tipo de painel acontecem por falhas nas conexões. Elas podem estar frouxas ou por ter a sua superfície contaminada. E 20% das falhas são condicionadas por conta do ambiente agressivo onde o painel está instalado, seja por temperaturas extremas, poluição ou condensação. Ainda, outros problemas são ocasionados pela “saúde” dos disjuntores, que podem falhar pela falta de um diagnóstico preciso.

Por esta razão, a Engerey decidiu trabalhar com painéis de média tensão SM6, da gigante francesa Schneider Electric, que apresenta, a partir de avanços tecnológicos, uma série de implementos que mitigam assim os riscos apresentados acima. “Com a gestão de ativos otimizada, o SM6 minimiza em 45% os riscos de ocorrência”, reforça o engenheiro.

Monitoramento térmico, ambiental e de disjuntores

A aposta do SM6 é ser um painel conectado, que monitore a “saúde” do equipamento 24/7. Com sensor wireless e autoalinhado Easergy TH110, o monitoramento térmico do cubículo é feito o tempo todo, detectando pontos quentes já em seu estágio inicial e, assim, evitando a parada e inoperância do painel. Estes sensores permitem um diagnóstico completo do painel, cruzando informações de temperatura na conexão, temperatura ambiente e até mesmo a corrente de carga.

Outro sensor wireless é o Easergy CL110, que realiza o monitoramento ambiental para evitar que altos níveis de condensação ou poluição danifiquem os componentes. Ele mede a umidade, a temperatura do ambiente e o ponto frio para cálculo do ponto de condensação, com algoritmos integrados para 4 Graus de severidade do ambiente com base na IEC 62271-304, inclusive emitindo alarmes caso haja temperatura elevada, muito baixa e umidade relativa.

Quanto ao monitoramento do disjuntor, o dispositivo envia dados sobre a performance do tempo de operação e carregamento, envelhecimento mecânico e dos contatos, otimizando os custos com manutenção. Por exemplo, um disjuntor de manobra liga-desliga, com 10 mil manobras de uso, pode apresentar falhas com mil manobras caso opere em curto-circuito e o problema não seja diagnosticado, o que implica desde uma troca de peça com pouco tempo de uso até mesmo a interrupção do serviço.

Conectividade

Todo esse diagnóstico e controle do SM6 é possível pela avançada Interface Homem-Máquina (IHM) do produto, que permite a operação via smartphone ou tablet a partir do controle local (Enable), em que a máquina envia informações até 10 metros de distância para o aparelho, ou no modo Cloud (Enable Plus), que, além do monitoramento local, permite o acesso remoto via IoT e algoritmos integrados.

Essa conectividade por nuvem admite pré-definir alarmes e checar dessa forma todo o status do painel a partir de dashboards de simples acesso e fácil interpretação, o que permite decisões mais rápidas e assertivas e configuração de ajustes, registros de oscilografia, histórico de alarmes e controle de disjuntor.

Arquitetura escalável

Como o SM6 atende vários tipos de plantas, ele foi desenhado para ter uma arquitetura escalável, ou seja, pode ser montado basicamente em qualquer lugar. Ele foi feito, ainda, para ser facilmente integrado ao transformador, que também pode receber sensores de monitoramento para garantir o funcionamento do sistema todo. O cubículo é montado segundo as normas NBR-IEC 60694 e 62271-200, com todos os ensaios e testes requeridos.

“Mesmo com tanta tecnologia embutida, o SM6 é uma linha de células modulares de média tensão muito compacta. Isso permite a sua instalação em diversos lugares. E deixa assim o acesso ao painel muito fácil, caso haja a necessidade de manuseá-lo”, explica o engenheiro Meneghetto Alberti.

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