A Eneva inaugurou a Unidade de Tratamento de Gás (UTG) Azulão na segunda-feira (27.09). Ela faz parte do projeto integrado Azulão-Jaguatirica e está localizada no município de Silves, no interior do Amazonas. Trata-se assim da primeira área produtora de gás na Bacia do Amazonas.
O Campo de Azulão foi descoberto na década de 90 e declarado comercial em 2004, mas nunca havia produzido. Com a chegada da Eneva, em 2018, a história mudou.
Em Azulão, é realizada a exploração do gás natural, liquefação, estocagem e envio das cargas do produto para o Estado de Roraima. Seu objetivo principal é abastecer a termelétrica de Jaquatirica II. O Projeto Integrado Azulão-Jaguatirica permite que o gás natural da Bacia do Azulão se transforme em energia para abastecer cerca de 70% do consumo de energia elétrica do estado vizinho.
O investimento total no empreendimento integrado é de R$ 1,8 bilhão. Mais de 2000 empregos foram gerados durante o pico de obras do projeto. E R$90 milhões foram destinados à contratação de fornecedores locais.
“Somos uma empresa verticalizada, com foco portanto na exploração e produção de hidrocarbonetos e na geração de energia elétrica a partir de nossos campos de gás natural. As reservas de gás natural e as usinas termoelétricas da Eneva garantem confiabilidade ao sistema de energia elétrica brasileiro. No interior do país, nossos projetos estão substituindo o consumo de óleos combustíveis e diesel importados pelo GNL nacional, trazendo dessa forma desenvolvimento regional e contribuindo para a redução das emissões de gases do efeito estufa” afirma Lino Cançado, diretor de Operações da Eneva.
A previsão é de que a Usina de Jaguatirica entre em operação comercial ainda em 2021. Quando em funcionamento, a termelétrica reduzirá em 35% as emissões de CO2 (Dióxido de Carbono) e 99% de Óxido de Nitrogênio, com a substituição da matriz de geração local, atualmente baseada em diesel, por gás natural.
Transporte
Para chegar a Jaguatirica II, o gás é liquefeito no local da extração, UTG Azulão (AM), e transportado em carretas com isotanques até Boa Vista (RR), num percurso de 1.100 quilômetros. Cada carreta tem capacidade para transportar 20 toneladas de gás natural liquefeito (o equivalente portanto a 50m3 de GNL). Na capital de Roraima, o gás é regaseificado e utilizado para acionar as turbinas da termelétrica de Jaguatirica II. O transporte da carga é sempre feito durante o dia e o percurso tem dois dias de duração.
Reservas
Azulão possui atualmente uma reserva certificada (2P) de aproximadamente 6,3 bilhões de metros cúbicos de gás natural. Desse total, 3,6 bilhões de metros cúbicos estão comprometidos com Jaguatirica. Em 2020, houve incremento de 60% da reserva, reforçando assim o potencial da Bacia do Amazonas. Recentemente, a Eneva deu início a uma nova campanha exploratória no Amazonas. A finalidade foi buscar mais gás natural e dessa forma aumentar as reservas da empresa. A intenção da companhia é continuar portanto seus investimentos na região.
ESG E Responsabilidade Social
A estratégia Eneva para ESG visa contribuir para a transição justa e inclusiva para uma economia de baixo carbono, provendo energia assim segura e acessível para a promoção do crescimento econômico, priorizando três pilares: conservação da biodiversidade, desenvolvimento socioeconômico local e redução de emissões nas operações.
A empresa mantém controles para a proteção do meio ambiente e adota padrões rigorosos de qualidade ambiental em todas as unidades, apresentando os resultados desse monitoramento aos órgãos competentes.
A companhia busca criar soluções coletivas que tragam assim benefícios além dos financeiros para a organização e seu entorno. Por isso, desenvolve uma série de projetos com vistas a proporcionar a autonomia das comunidades onde atua por meio da educação, capacitação e do desenvolvimento sustentável.
Um exemplo é a parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que prevê a implantação de sistemas agroflorestais de produção no Amazonas. As ações permitirão o reflorestamento de uma área de oito hectares – o equivalente a oito campos de futebol, nos municípios de Silves e Itapiranga, no Médio Amazonas. Os projetos beneficiarão assim famílias que vivem da agricultura nestas duas cidades.