Energy Summit 2025 empreendedorismo, sustentabilidade, desafios e soluções para a transição energética

Energy Summit 2025: empreendedorismo, sustentabilidade, desafios e soluções para a transição energética

A Cidade das Artes, na capital carioca, foi o palco de abertura do Energy Summit 2025, no dia 24 de junho. O evento organizado em colaboração com o Massachusetts Institute of Technology (MIT) promete conectar os principais nomes do setor, promovendo assim discussões e trocas de experiências que irão moldar o futuro da energia. A expectativa é que o evento atraia milhares de participantes e gere negócios e conexões estratégicas.

O Energy Summit é guiado pelos 4Ds: Descarbonização, Digitalização, Descentralização e Democratização, pilares que estão moldando o futuro do setor energético, com a descarbonização sendo uma prioridade global para alcançar as metas de emissões líquidas zero até 2050.

Temas como empreendedorismo em energia e sustentabilidade, inovação, desafios e soluções para a transição energética farão parte de uma programação diversificada que inclui painéis, debates, masterclasses e a premiação Energy Summit Awards.

Energy Summit 2025 empreendedorismo, sustentabilidade, desafios e soluções para a transição energética

Boas-vindas

O CEO do Energy Summit, Hudson Mendonça, recepcionou os convidados e o público, que lotou o auditório principal do evento. O diretor do MIT Regional Entrepreneurship Acceleration Program, Travis Hunter, disse estar satisfeito por apoiar o desenvolvimento energético nos próximos anos e, assim, garantir o sucesso de um evento importante e conveniente para empreendedores e inovadores de todos os setores através do Brasil e, provavelmente, pelo mundo. “Espero que todos apoiem o desenvolvimento energético”, concluiu com a concordância de Lars Frolund, Deep Tech Investment Expert/Lecturer MIT, um dos palestrantes da abertura oficial.

Para William Nozaki, gerente executivo de Gestão Integrada da Transição Energética da Petrobras, “esta edição de 2025 vem fortalecer a construção e o avanço desse ecossistema, que incorpora lideranças, empreendedores e programadores de políticas públicas, para que a gente enfrente esse desafio incontornável e portador do futuro, que é o desafio da transição energética”, falou complementando que “fazemos isso numa quadra histórica bastante desafiadora para todos nós, dada a quantidade de eventos estruturantes que estão modificando a nossa realidade que vem se acumulando ao longo dos últimos anos. A começar pela crise climática, que bate recordes de aumento da temperatura do planeta ao longo dos últimos anos e que deve ser enfrentada sem nenhum tipo de negacionismo. Além disso, a gente tem assistido isso ao longo dos últimos dias, devido a uma série de tensões geopolíticas que impõem a necessidade de que pensemos a segurança energética também de maneira incontornável”.

Novaki ainda ressaltou “que os eventos que estão se descobrindo ao nosso redor chamam a atenção com a importância da presença da indústria na mesa em que parte a discussão sobre transição energética. Vai ser muito difícil que a gente consiga avançar nessa agenda, nesse conjunto de desafios, sem a presença permanente da indústria e sem a preocupação com a segurança energética que se mostra cada vez mais fundamental. Portanto, também não podemos esquecer a importância de recomposição de reservas de países como o Brasil para que a gente possa atravessar esse momento, inclusive mobilizando a indústria, como já vem acontecendo, para que ela possa financiar e produzir avanços tecnológicos em direção à transição energética”.

No caso do Brasil, Novaki declarou que a Petrobras tem assumido esse desafio de maneira muito consistente. “Hoje, temos o plano estratégico que mobiliza cerca de US$ 16 bilhões no próximo período para investimentos em descarbonização das operações, no avanço de energias de geração renováveis, como eólica, solar e hidrogênio. A Petrobras tem um programa robusto avançando de maneira significativa no biorefino. Nós entendemos que é papel fundamental da empresa prover o mercado brasileiro e ajudar o mundo nesse processo de transição energética, garantindo dessa forma combustíveis sustentáveis, tanto para transporte terrestre quanto para o aéreo, assim como para navegação”.

O executivo da Petrobras afirmou que a empresa tem colocado os seus novos produtos com conteúdo renovável no mercado “para que possamos avançar nessa agenda, além do compromisso incontornável com a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação, parte importante, inclusive, das discussões da energização que passam por isso. E o compromisso da Petrobras com a descarbonização, com a aposta nas energias renováveis, vem se expressando além do nosso plano estratégico. Destaco aqui o lançamento de um fundo de venda de capital, que construímos em parceria com o BNDES para estimular a inovação, apoiar pequenas e médias empresas, startups, desenvolvedores de tecnologias incrementais e, principalmente, agentes culturais que essa ação pretende contemplar”.

Para concluir a sua participação, Novaki comentou sobre o lançamento do programa de reflorestamento, mais uma vez com o BNDES, com o objetivo de atingir mais de 70 mil hectares da floresta amazônica, além de uma série de iniciativas envolvendo a montagem da carteira de energias renováveis da Petrobras. “A Petrobras saúda, mais uma vez, a realização deste evento, espaço fundamental para que a gente possa produzir trocas de experiências, diagnósticos e, sobretudo, para que encontrarmos soluções completas, viáveis tecnica e economicamente. Para a Petrobras, a transição energética não é um capítulo do futuro, é um capítulo do presente. Está intensamente presente em todas as iniciativas da empresa, e a gente fica muito feliz de poder, mais uma vez, participar desse espaço e ajudar a promover esses votos tão necessários para que a transição energética avance”.

O estado do Rio de Janeiro contou com a presença de Cássio da Conceição Coelho, secretário de Energia e Economia do Mar (SEENEMAR), e de Nicola Miccione, secretário da Casa Civil. Em sua fala, Coelho comentou que sua secretaria é a primeira e única do Brasil criada exclusivamente para tratar desse tema. “Uma decisão estratégica, é o que se discute no mundo, a produção de energia alinhada aos desafios da transição energética, da sustentabilidade e do desenvolvimento econômico”.

Energy Summit 2025 empreendedorismo, sustentabilidade, desafios e soluções para a transição energética

Ele fez questão de salientar que quando falamos de energia no Brasil, é impossível não olhar para o estado do Rio de Janeiro, que lidera a produção nacional de  gás e é responsável por mais de 87% do petróleo produzido no país. “Se fôssemos uma nação, seríamos hoje um dos dez maiores produtores do mundo. Somos também o maior exportador nacional do petróleo. Além disso, somos o maior produtor de gás natural do Brasil, com cerca de 73% da produção nacional, recurso essencial para a estabilidade energética e para a integração das fontes renováveis. Mas o Rio não é apenas a principal potência do petróleo e gás, somos, com muito orgulho, a capital da diversidade energética do Brasil. Hoje, convivem, de forma robusta, energias renováveis e limpas que avançam fortemente nas tecnologias do futuro, como solar, biogás, nuclear e projetos eólico offshore”, afirmou o secretário.

“Essa diversidade é nossa estratégia de segurança energética, de geração de empregos e desenvolvimento sustentável. Um exemplo concreto disso é o nosso projeto piloto de energia eólica offshore no Porto do Açu, em parceria com a Petrobras, enquadrado com o projeto de desenvolvimento pela ANP, que está atualmente no MME, aguardando a liberação do local onde serão realizados os estudos e a instalação da turbina. Esse projeto é pioneiro no Brasil e representa um marco, tanto na diversificação da nossa matriz elétrica como na descarbonização da produção do petróleo. Na mobilidade, o Programa Corredores Sustentáveis transforma postos de combustível para abastecimento de caminhões e ônibus com GNV, biometrano e futuramente hidrogênio, utilizando a maior rede de GNV do país”, discorreu.

Cássio Coelho mencionou outros dados sobre o Rio de Janeiro. “O biometano é um ativo estratégico e somos o segundo maior produtor do Brasil, com uma cadeia de expansão capaz de gerar assim empregos e beneficios que atraem investimentos”. Por fim, ele afirmou que o Rio de Janeiro está absolutamente comprometido com o futuro da neoindustrialização sustentável, geração de empregos e a reafirmação do Brasil como uma potência energética.

O Energy Summit acontece até dia 26 de junho e para esta edição conta com a participação de mais de 3 mil empresas, mais de 180 palestrantes ea expectativa é ultrapassar 10 mil participantes.

Leia também Nobel da Paz: Rattan Lal confirma presença no Energy Summit 2025
Visited 11 times, 11 visit(s) today

Compartilhe esta postagem

Notícias Relacionadas

Faça uma pesquisa​​

Últimas notícias