Os drones, cada vez mais, têm sido utilizados em diferentes setores. E, devido à sua capacidade de otimizar processos, também já são uma realidade no que diz respeito a projetos que envolvem eficiência energética. Afinal, esses equipamentos aéreos permitem realizar inspeções, monitoramentos e análises de forma mais rápida, precisa e segura. Eles ainda proporcionam economia de recursos e maior aproveitamento da energia.
Um bom exemplo é a sua aplicação em projetos de voos autônomos longos para inspeção, aqueles que fogem da visão “a olho nu”. O projeto SIAD-AERO, coordenado pela empresa Energias Eficiência Energética, conta com dois modelos de drones desenvolvidos: o primeiro deles com envergadura de três metros, autonomia de voo de cinco horas e alcance autorizado para operação de 40 quilômetros. O segundo tipo é menor, com autonomia de uma hora e alcance de cinco quilômetros. No entanto, ambos têm navegação semi-autônoma, imagens em sistema de armazenamento redundante e gravação de dados de telemetria.
O diretor financeiro da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco) e da Energias, Alexandre Moana, afirma que os drones desenvolvidos podem ser utilizados para o “Luz Para Todos”, programa do governo federal, que visa fornecer o atendimento com energia elétrica à população do meio rural, assim como à população residente em regiões remotas da Amazônia Legal que não possuem acesso ao serviço público de distribuição de energia elétrica. “O projeto é uma opção para onde não é possível fazer a inspeção por drones que exigem a visualização pelos controladores”, diz Moana.
Outras funcionalidades
A tecnologia desenvolvida no projeto SIAD-AERO possui uma estação móvel em viatura para gerenciar sensores e a pilotagem dos drones e é capaz de capturar e processar imagens nas bandas do visível, infravermelho e ultravioleta, identificando assim automaticamente problemas existentes por intermédio do uso combinado das aeronaves.
Os drones contam também com planejador inteligente dos voos para inspecionar qualquer tipo de ativo. Ele pode ser portanto direcionado para cobrir usinas solares com baterias em sistemas isolados na Amazônia. “O drone de longas distâncias pode pedir uma verificação detalhada em um local específico. Já o de menor autonomia, entrará para voar em locais de acesso mais restrito, como áreas densamente povoadas”, completa Moana.