Inteligência artificial traz mais eficiência e segurança para setor elétrico

Inteligência artificial traz mais eficiência e segurança para setor elétrico

Cada vez mais a inteligência artificial (IA) tem um impacto significativo em vários setores, e no de energia não é diferente. Soluções baseadas em IA têm possibilitado aplicações que variam de redes inteligentes a sistemas de monitoramento e identificação. O que é crucial para a mitigação de riscos e melhor aproveitamento de recursos.

Por meio da inteligência artificial se torna possível a automação não apenas de processos simples, mas, também, de tarefas até então executadas com habilidade apenas por seres humanos. Uma delas é a operação e manutenção de subestações de redes de extra alta tensão. Uma vez realizada por robôs, garante maior segurança ao processo. As soluções baseadas em inteligência artificial também são capazes de melhorar a capacidade de geração de energia em usinas hidrelétricas. Conheça alguns projetos que aplicam essa tecnologia:

Monitoramento de Macrófitas

O projeto de P&D “Desenvolvimento de Sistema de Monitoramento de Macrófitas” teve início em 2018, no reservatório da Usina Hidrelétrica de Jupiá da Concessionária CTG-Brasil, localizada entre São Paulo e Mato Grosso do Sul. Pesquisadores do centro de pesquisa, tecnologia e inovação, Lactec, iniciaram esse projeto devido a um grande aumento no crescimento de plantas aquáticas. A situação estava afetando a geração de energia e, portanto, demandava uma solução de monitoramento.

Inicialmente, foi implantado um sistema de monitoramento baseado em imagens de satélite. Na etapa seguinte, foram integradas câmeras de alta resolução em locais estratégicos para acompanhar e identificar automaticamente a movimentação das macrófitas em tempo real. “A solução consistiu em utilizar imagens de satélite na primeira fase. E, posteriormente, adicionar câmeras de alta resolução com a aplicação de algoritmos para identificação automática das plantas”, explica Danielle Drago, coordenadora do projeto.

Dessa forma, o sistema desenvolvido é capaz de enviar alertas quando há crescimento e desprendimento das macrófitas. Isso permite assim que a equipe local tome medidas para evitar que elas cheguem à usina.

Além disso, o sistema utiliza dados de vazão das usinas a montante, velocidade e direção do vento, bem como a classificação de áreas ocupadas por macrófitas extraídas das imagens de satélite. A partir dessas informações, busca-se realizar portanto uma previsão da chegada dos blocos de macrófitas por meio de algoritmos de aprendizado de máquina (Machine Learning), como destaca a pesquisadora.

Identificação de material lenhoso no Rio Madeira

O acúmulo de material lenhoso nas estruturas do barramento é um dos desafios enfrentados pela Usina Hidrelétrica Jirau, no Rio Madeira (Rondônia). O projeto “Identificação e quantificação de material lenhoso no Rio Madeira através de segmentação de imagens de drones utilizando redes neurais convolucionais”, contratado no âmbito do Programa P&D da Jirau Energia, realizado pelo Lactec, prevê o monitoramento contínuo da usina por meio de câmeras instaladas em pontos estratégicos.

A partir das imagens, o objetivo é identificar e quantificar de forma automática e contínua o material lenhoso transportado pelo Rio Madeira e que fica assim acumulado na estrutura do empreendimento. Essas informações são importantes para o funcionamento operacional da usina e gestão da geração de energia sem interrupção. Até o momento, o projeto conseguiu identificar 82,5% de material lenhoso com precisão.

Lacbot

O Lacbot, um robô com alta tecnologia e inteligência, foi concebido para facilitar e melhorar a operação e manutenção de subestações de redes de extra alta tensão (500 kV). O dispositivo realiza as atividades de forma autônoma ou teleoperada a partir de um centro de controle. Sua função é identificar situações anormais e necessidades de intervenções para manutenção.

Com chassis em aço e carenagem em fibra de vidro, o robô tem inteligência para capturar informações em pontos de interesse e identificar situações anormais. Ele é capaz assim de coletar e transferir dados, medir ruídos e temperatura ambiente, tirar fotografias visuais e termográficas. Além disso, é equipado com motores elétricos em cada roda, baterias de lítio-NMC 48V 128 Ah e conecta-se automaticamente à estação de recarga de baterias.

O projeto visa aprimorar a segurança dos processos de operação, monitoramento e manutenção de sistemas elétricos de potência, minimizando dessa forma o risco de erro por fator humano e minimizando a exposição a riscos.

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