Nos últimos anos, temos acompanhado uma transformação importante na forma como produzimos, consumimos e gerenciamos energia. Hoje, a energia deixa de ser um insumo invisível para se tornar elemento estratégico de competitividade, impacto e reputação corporativa. Nesse contexto, o setor elétrico passa por uma reestruturação, guiada por inovação tecnológica, mudança na regulação e um comportamento de consumo mais consciente, pavimentando o caminho para um futuro cada vez mais sustentável.
Por isso, à medida que nos aproximamos da COP30, que será sediada em Belém, o Brasil se vê diante da oportunidade de unir crescimento econômico, inovação e responsabilidade ambiental.
Hoje, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU norteiam governos e corporações que desejam gerar valor de forma responsável e a energia é o motor que impulsiona grande parte deles.
Entre esses objetivos, o ODS 7 — que aborda energia acessível e limpa —, é especialmente relevante para o Brasil. Nosso país tem um dos maiores potenciais em fontes renováveis do mundo, mas ainda enfrenta desafios de acesso, eficiência e regulação.
Nesse cenário, o avanço do mercado livre de energia, por exemplo, é um instrumento importante para democratizar esse acesso, permitindo que empresas escolham seus fornecedores, optem por energia limpa, reduzindo custos e contribuindo para a descarbonização.
Essa liberdade de escolha é o que move o consumidor do futuro, aquele que quer economia, mas também o propósito. Quando uma empresa faz a portabilidade para o mercado livre de energia e escolhe usar fontes renováveis, ela não apenas reduz sua conta de energia, mas também passa a fazer parte de uma cadeia de valor sustentável. É o tipo de decisão que alinha competitividade com impacto positivo.
A COP30 vem reforçar esse cenário. Realizada pela primeira vez no Brasil, em Belém. Ela simboliza o momento em que o país pode liderar a transição energética global.
Os debates sobre descarbonização, eficiência energética e inovação tecnológica apontam para um novo modelo econômico, no qual investir em energia limpa é também investir em produtividade, reputação e perenidade.
Do ponto de vista técnico, serão três grandes vetores de discussão:
- Digitalização e inteligência de dados, que tornam a gestão energética mais precisa e eficiente;
- Armazenamento e flexibilidade do sistema, com baterias e modelos híbridos garantindo estabilidade;
- Mercado livre de energia e descentralização, que empoderam o consumidor e promovem concorrência saudável.
A esses pilares soma-se um quarto elemento essencial: o fator humano. Empresas, consumidores e instituições precisam estar conscientes de seu papel nesse processo.
A energia sustentável começa nas grandes decisões, mas se concretiza nos pequenos gestos diários — desde a escolha de fornecedores responsáveis, até a redução de desperdícios e valorização da eficiência como parte da cultura empresarial.
Na Voltera, acreditamos que a sustentabilidade e rentabilidade podem e devem caminhar juntas, por isso, ajudamos empresas a fazerem a portabilidade para o mercado livre de energia, demonstrando que é possível reduzir custos, aumentar a previsibilidade e, ao mesmo tempo, contribuir para os ODS e as metas de descarbonização.
O setor elétrico está no centro dessa transformação. A energia é o fio condutor que conecta inovação, responsabilidade social e prosperidade econômica. Com sua matriz predominantemente renovável e elevado capital técnico, o Brasil reúne condições para liderar essa nova era.
Então, às vésperas da COP30, a mensagem é de que não há desenvolvimento sustentável sem energia limpa, acessível e inteligente. E o tempo de agir é agora, com estratégia, tecnologia e propósito.
Artigo de Alan Henn, engenheiro eletricista e CEO da Voltera Energia





