Para uma instalação elétrica funcionar com segurança em uma residência ou estabelecimento, é necessário incluir dispositivos de proteção como os disjuntores elétricos, que visam proteger as instalações, o patrimônio e as pessoas ao desligarem, automaticamente, a energia em caso de curtos-circuitos e sobrecargas.
A seguir, os profissionais da Sil Fios e Cabos Elétricos desmitificam os disjuntores elétricos, detalhando sua importância e principais funções. De uso obrigatório, os dispositivos são seguros e de fácil manuseio para pessoas com pouco conhecimento no assunto.
O departamento de engenharia da empresa ressalta dois pontos importantes durante uma ação de proteção dos disjuntores:
- Sobrecarga: nessas situações, o disjuntor desarma os circuitos elétricos para poupar e não degradar assim os condutores em função do superaquecimento, devido a uma corrente elétrica acima do previsto.
- Curto-circuito: o disjuntor desarma rapidamente para proteger a instalação elétrica, as pessoas e a edificação. Esse desligamento acontece rapidamente para reduzir o estouro e as faíscas, que por sua vez podem resultar dessa forma em ferimentos e, até mesmo, um incêndio.
Os disjuntores de uma instalação elétrica estão localizados no quadro de distribuição, popularmente conhecido como quadro de luz ou de energia. Além disso, há disjuntores no padrão de entrada da concessionária de energia elétrica, que quando desligados, interrompem a energia distribuída.
Segundo Nelson Volyk, gerente de Engenharia de Produto da Sil Fios e Cabos Elétricos, para que a instalação elétrica funcione de forma segura, é necessário que o projeto seja elaborado por um profissional qualificado para avaliar cada disjuntor a ser utilizado, de acordo com as especificações técnicas da Norma NBR-5410 Instalações Elétricas de Baixa Tensão, que define critérios para o correto dimensionamento dos circuitos.
Para o especialista da empresa, em uma instalação elétrica é importante conhecer a função dos disjuntores e as reações que ocasionam seu desarme por sobrecarga. “Isso acontece quando ligamos equipamentos em excesso e a carga prevista para a instalação não está preparada para receber”, declara.
Ainda segundo o gerente da Sil Fios e Cabos Elétricos, a orientação é não plugar muitos equipamentos no circuito. Entretanto, caso seja necessário conectar um volume de equipamentos maior que o previsto no projeto elétrico, um profissional deve ser contatado para revisar a instalação e redefinir o que pode ser feito — como a ampliação do número de circuitos na edificação. Para ele, aumentar o valor nominal do disjuntor é um grande erro. “Quem opta por essa escolha promove uma sobrecarga no circuito que o disjuntor está protegendo. Por consequência, o consumidor é impactado pelo aumento do consumo de energia elétrica, como também a degradação dos cabos e a redução da sua vida útil”, detalha Nelson.
Um item de segurança que é marco histórico: o fusível
Antecessor do disjuntor, o fusível também era aplicado para a segurança em instalações elétricas. O item foi patenteado por Thomas Edison, em 1890, como parte de seu sistema de distribuição elétrica. Quando há uma ruptura do elo fusível, deve-se descartar e colocar um novo elemento no local – diferentemente do disjuntor, que basta armá-lo novamente para assim retornar seu funcionamento.
É importante relembrar que, caso o disjuntor apresente algum defeito, deve ser substituído por um novo, pois não há procedimentos de manutenção a serem realizados nele.
Disjuntores X chuveiros elétricos
Se um projeto residencial contemplar a instalação de diversos chuveiros ou duchas elétricas, é preciso portanto efetuar um projeto elétrico bem calculado por um profissional qualificado. “No começo, já sabemos que cada um desses produtos deve ser ligado a um disjuntor no quadro de distribuição. É errado ligar mais de um chuveiro/ducha no mesmo dispositivo ou compartilhar o mesmo circuito, independentemente de ser 127 ou 220 V”, esclarece o gerente da Sil.
Seguindo as normas de segurança, a Sil indica que chuveiros e duchas não devem ser ligados no mesmo disjuntor ou compartilhados no mesmo circuito.
Dicas de segurança da Sil
– O disjuntor deve ser instalado por um profissional qualificado e se houver a necessidade de troca, jamais pode ser substituído com o circuito energizado. É primordial desligar portanto a energia no padrão de entrada ou um dispositivo geral no quadro de distribuição;
– Assim como a preocupação com as qualidades dos fios, recomenda-se a aquisição de disjuntores de marcas reconhecidas, com tradição e confiabilidade;
– Nunca trocar um disjuntor por outro de valor nominal maior. Em uma instalação nova, compre exatamente aqueles solicitados no projeto elétrico, pois comprar valores diferentes do projeto é um erro.
Cuidado com:
- Instalações elétricas antigas;
- Gambiarras elétricas com instalações mal dimensionadas e/ou malfeitas;
- Aumento indiscriminado de carga na rede (como o excesso de equipamentos elétricos ligados na rede);
- Falta de manutenção na instalação elétrica. Quando feita deverá ser realizada por um profissional habilitado.