Energy Summit apresenta relatório 10 Energy Megatrends 2025

Energy Summit apresenta relatório 10 Energy Megatrends 2025

O setor de energia voltou ao centro do debate estratégico no Brasil com o lançamento do relatório “10 Energy Megatrends 2025”. Sua apresentação aconteceu na quinta-feira (23/10), no Rio de Janeiro. Fruto de uma análise aprofundada, o documento, que tem conteúdo exclusivo do Energy Summit e da MIT Technology Review Brasil, com curadoria do Energy Center, reúne reflexões, dados e projeções sobre as principais forças que estão moldando a transição energética no mundo.

Energy Summit apresenta relatório 10 Energy Megatrends 2025
Hudson Mendonça, CEO do Energy Summit

Segundo Hudson Mendonça, CEO do Energy Summit e VP de Energia e Sustentabilidade da MIT Technology Review Brasil, o relatório é resultado dos principais destaques, tendências e reflexões estratégicas que marcaram os três dias de programação do Energy Summit 2025, realizado em junho, na capital fluminense, onde estiveram presentes especialistas globais, lideranças empresariais, autoridades públicas, investidores, acadêmicos e empreendedores para debater os caminhos mais promissores da transição energética.

Com mais de 300 palestrantes, 270 horas de conteúdo distribuídas em sete palcos simultâneos e cerca de 12 mil participantes, o evento abordou temas como inteligência artificial, hidrogênio de baixo carbono, data centers, biocombustíveis, cidades inteligentes, blockchain e empreendedorismo climático.

Guiado pelos 4Ds da transição energética – descarbonização, digitalização, descentralização e democratização, o Energy Summit 2025 reforçou o papel do Brasil como protagonista da nova economia de energia: mais limpa, inclusiva, inteligente e resiliente.

O evento de lançamento do relatório foi prestigiado por diversas personalidades como Igor Marchezini, assessor especial do ministro da Fazenda; Sérgio Chaves Jr., subsecretário estadual de Energia e Economia do Mar; Luiz Mandarino, diretor-executivo do Energy Center da MIT Technology Review Brasil; Lilian Melo Barreto, gerente-executiva do Centro de Pesquisa (Cenpes) da Petrobras; entre outras não menos importantes. “Isso está virando política pública. Estamos conseguindo, de fato, atingir o nosso objetivo que é colocar todas as pessoas na mesa para discutir e acelerar a transição energética”, comentou Mendonça.

Metodologia e as megatendências

A equipe construiu o relatório a partir da análise de mais de 50 macrotendências, classificadas conforme critérios de relevância, maturidade e aderência ao contexto energético global e nacional. Após a triagem, foram selecionadas as dez megatendências mais promissoras, com potencial de impacto até 2035.

Em seguida, as tendências foram avaliadas de acordo com o peso e influência de cinco atores fundamentais do ecossistema de inovação: governos, corporações, universidades, investidores e startups/empreendedores. Essa articulação, segundo o modelo MIT REAP, é determinante para transformar tendências em realidade de mercado.

Energy Summit apresenta relatório 10 Energy Megatrends 2025

A lista das dez megatendências

1 – Datacenter e infraestrutura para IA

2 – Ciber-resiliência energética

3 – Veículos híbridos (HEV)

4 – Biometano e biogás

5 – Deeptechs na transição energética

6 – Usinas virtuais de energia (VPPs)

7 – Baterias alternativas ao lítio

8 – Descarbonização do transporte marítimo

9 – Processamento submarino avançado de O&G

10 – Geopolítica da energia e cadeias críticas

Sobre a importância do relatório, Mendonça ressaltou que a proposta é servir como “referência anual para decisões estratégicas, desde políticas públicas até investimentos e desenvolvimento de novos negócios”, explicou.

COP 30 e a Energy Summit 2026

Os resultados do relatório já começam a ganhar espaço em outros fóruns globais. Segundo Hudson Mendonça, vários dos seus desdobramentos serão apresentados na COP 30, que acontece de 10 a 21 de novembro de 2025, em Belém (PA).

A próxima edição do Energy Summit, marcado de 23 a 25 de junho de 2026, novamente no Rio de Janeiro, deve ampliar a participação da nova geração de formuladores, incluindo estudantes e fundadores de startups. “Trazer mais a juventude é muito importante para a gente. Queremos os novos pensadores e construtores do futuro da energia ao lado dos grandes tomadores de decisão”, destacou o executivo.

Alguns palestrantes internacionais já estão confirmados, como Ben Soltoff, especialista em inovação climática e líder de iniciativas do MIT voltadas à formação de empreendedores sustentáveis, e MyfanwyPrice Wolf, diretora de Comercialização da Climate Investment (CI).

Outra novidade será o Innovation Showroom, espaço dedicado à demonstração de tecnologias e projetos, estimulando parcerias entre empresas, startups e centros de pesquisa. A organização também negocia com a ONU a possibilidade de integrar parte de um evento da entidade à programação do Summit.

Com o novo relatório, o Energy Summit reafirma seu papel como articulador de agendas e conexões para acelerar a transição energética brasileira. Esse é um movimento que já deixou de ser tendência para se tornar uma urgência global de inovação, sustentabilidade e desenvolvimento econômico.

Texto e foto: Acácio Morais
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