A Crediblue, fintech especializada em soluções financeiras, está lançando ao mercado uma nova consultoria para empresas e comércios que desejam migrar para o mercado livre de energia — conhecido também como Ambiente de Contratação Livre (ACL). Nele, o consumidor de energia elétrica pode escolher o seu fornecedor e estabelecer contratos por fonte, prazo ou preços. A nova possibilidade é uma medida do governo e já está em vigor desde janeiro/2024.
São duas categorias que podem se beneficiar neste mercado. A primeira é classificada como “Consumidor Livre”, no qual as empresas devem ter pelo menos 2.000kW de demanda contratada. A segunda refere-se ao “Consumidor especial”, que tem no mínimo 500kW e consumo inferior a 2.000kW.
“Saindo do Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e entrando para o Ambiente de Contratação Livre (ACL), o cliente PJ terá acesso a condições mais competitivas para o consumo de energia. Com isso, reduz seu custo operacional, gera mais caixa e aumenta sua margem de lucro. Por meio da consultoria, essas empresas podem entender melhor o mercado. Como fazer o processo de transição e ter as melhores opções de contratos, gerando uma economia de custos de até 35% por até dez anos”, explica Isabela Franco, diretora de novos negócios da consultoria Crediblue.
A ideia, ainda de acordo com a executiva, é programar melhor os custos de operação, balancear custos de produto/serviço com mais antecipação e melhorar indicadores de produtividade.
A ACL deve impulsionar a competição no setor de geração de energia. Outras vantagens deste mercado são: a garantia de não alteração dos preços, já que são estabelecidos contratos que sustentam os custos por determinada quantidade de energia, negociados entre fornecedor e comprador; e o incentivo ao consumo de energia limpa, entre elas geotérmica, eólica, de pequenas hidrelétricas, solar e biogás.
Selo Verde
O empresário que adotar o ACL também poderá requerer o Selo Verde, conhecido como International REC Standard (I-REC). Existem diversas vantagens para as empresas que adquirem os RECs. A principal delas é a comprovação da origem da energia consumida e a contribuição com a redução de emissão de gases de efeito estufa.
Várias corporações se agruparam visando uma meta compartilhada nos últimos anos. Por exemplo, a RE100 é um movimento internacional que congrega um contingente superior a 100 empresas e entidades, todas focadas na meta coletiva de converter a totalidade do consumo elétrico delas em energia oriunda de fontes renováveis. Gigantes do cenário econômico mundial como Adobe, Microsoft e Facebook integram esse grupo. As empresas recorrem a Certificados de Energia Renovável Internacional (I-RECs) para evidenciar sua adesão a esse propósito ambiental.
A certificação I-REC, disponível desde 2017, é o meio mais rápido e confiável de demonstrar o compromisso com uma conduta sustentável. Ela garante a origem da energia e evidencia os investimentos em sustentabilidade feitos pela empresa.