A 17ª edição do Fórum Latino-Americano de Smart Grid, que ocorre em São Paulo dias 4 e 5 de agosto, será marcada pelas profundas transformações em curso no setor elétrico brasileiro. Elas estão acontecendo devido às novas exigências regulatórias, como as previstas em recentes Medidas Provisórias e portarias do Ministério de Minas e Energia (MME).
Na ampla pauta a ser discutida por presidentes de empresas, diretores e especialistas neste evento estão a antecipação da renovação de grande parte das concessões de distribuição; os futuros modelos de remuneração do setor que serão necessários a partir dos novos papeis a serem assumidos pelas distribuidoras; e a necessidade de uma maior resiliência das redes de distribuição e de transmissão para o enfrentamento dos eventos climáticos extremos.
Igualmente, os organizadores do Fórum tratarão, ao longo dos dois dias, da obrigatoriedade de digitalizar as redes dentro de uma década — conforme prevê a portaria do MME 111/25 — e da introdução de tarifas e medidores inteligentes, que têm o potencial de facilitar a abertura do mercado de energia elétrica. A pauta abrangerá, ainda, os impactos que a entrada dos consumidores de baixa tensão no mercado livre de energia trará a partir de 2026. E as consequências da MP 1304, criada para corrigir a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
“Todas estas mudanças trarão desafios e oportunidades para os agentes atuais. E, também, para novos agentes que passarão a competir comercialmente pelos clientes de baixa tensão. Eles oferecerão uma ampla gama de produtos e oportunidades, que seriam impensáveis nos últimos anos”, comenta Cyro Boccuzzi, engenheiro e consultor, CEO da ECOee (Engenharia Energética) e organizador da 17ª edição do Fórum Latino-Americano de Smart Grid.
Investimentos à vista
A exemplo de versões anteriores do Fórum, no segundo dia, vários representantes C-Level de distribuidoras discutirão os investimentos que estão promovendo em suas empresas. Entre as que já confirmaram a presença de seus líderes estão Light, que trará Felipe Tenório, seu superintendente de Regulação de Distribuição; Grupo Energisa, com a vinda de Sávio Ricardo Muniz Aires da Costa, gerente corporativo da Automação e Telecomunicações; Copel, que participará por meio de Sergio Milani, superintendente de Projetos Especiais; Neoenergia, que trará Heron Fontana, diretor de Processos e Tecnologia; e CPFL, com a participação de Luis Henrique Ferreira Pinto, vice-presidente de Operações Reguladas. As empresas EDP, Cemig e Celesc deverão trazer, respectivamente Marcos Campos, diretor geral;Marney Antunes, vice-presidente de Distribuição; e Tarcísio Rosa, presidente.
Em 2025, o Fórum contará, mais uma vez, com delegações internacionais com representantes do setor elétrico da Índia, Estados Unidos, Japão, Canadá, Colômbia, México, Peru, República Dominicana e Uruguai. Reuniões bilaterais e missões comerciais deverão acontecer. O que torna o Fórum uma referência internacional na facilitação de parcerias entre empresas nacionais do setor elétrico e do exterior.
Para Boccuzzi, “as tecnologias voltadas ao setor elétrico ganham grande relevância, em particular, frente à sustentabilidade e à transição energética”. O consultor informa que o Fórum abordará, também, o ponto de vistados consumidores de energia, diferencial do evento desde a sua primeira edição.
17º Fórum Latino-Americano de Smart Grid/Smart Grid Fórum
Site: www.smartgrid.com.br
Dias 4 e 5 de agosto
Centro de Convenções Frei Caneca (Rua Frei Caneca, 569 – São Paulo – SP)
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