Geração distribuída (GD) impulsiona transição energética e redefine papel do consumidor no Brasil

Geração distribuída (GD) impulsiona transição energética e redefine papel do consumidor no Brasil

A geração distribuída (GD) vem transformando a forma como o Brasil produz e consome energia elétrica. Diferente do modelo centralizado, baseado em grandes usinas e longas linhas de transmissão, a GD permite que consumidor gere energia no próprio local de consumo ou em áreas próximas à concessão da distribuidora, por meio de sistemas conectados à rede. O resultado é um modelo mais econômico, sustentável e descentralizado, que já ultrapassou 38 GW de potência instalada  — consolidando o país entre os maiores mercados globais, segundo a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD).

Esse avanço é liderado pela energia solar fotovoltaica, responsável pela maioria absoluta das conexões em operação. A popularização da tecnologia, aliada à queda no preço dos equipamentos, abriu caminho para que milhares de famílias e empresas passassem a gerar e administrar sua própria eletricidade. Na prática, cresce o número de unidades que deixam de ser apenas receptoras para assumir um papel ativo na transição energética.

As projeções reforçam o ritmo de expansão. De acordo com a ABGD, 2025 deve registrar alta de 25% no número de novas conexões. Já a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que, até 2035, quase 10 milhões de lares brasileiros estarão produzindo sua própria energia — o resultado equivalente à operação simultânea de sete usinas do porte de Belo Monte, mas de forma descentralizada, por meio de milhões de pequenos projetos espalhados por todo o território nacional.

“Estamos diante de uma mudança estrutural na forma como o país gera eletricidade. A geração distribuída oferece ao consumidor autonomia e segurança, além de acelerar a transição energética para um sistema mais limpo e descentralizado. Esse modelo consolidou-se como um aliado estratégico para a redução de custos, a previsibilidade nas contas de energia e o fortalecimento da sustentabilidade no dia a dia de empresas e famílias em todo o paísl”, destaca Lorena Pieroni, head de Vendas da Evolua Energia, uma das principais empresas do varejo de energia no Brasil, com atuação em geração distribuída e mercado livre de energia.

Do marco legal aos impactos sociais e ambientais

O crescimento da GD também reflete mudanças regulatórias importantes. O marco legal da micro e minigeração trouxe estabilidade e previsibilidade ao setor, enquanto a abertura do Mercado Livre de Energia ampliou o acesso de diferentes perfis de consumidores. Modalidades como autoconsumo remoto e geração compartilhada permitem que cooperativas, consórcios e condomínios usufruam coletivamente dos benefícios, ampliando ainda mais o alcance dessa alternativa.

Além dos ganhos ambientais, como a redução das emissões de poluentes, a modalidade gera impactos econômicos e sociais expressivos. O setor impulsiona a criação de empregos qualificados, estimula a inovação tecnológica e garante fornecimento em áreas remotas, fortalecendo a segurança elétrica e contribuindo assim para um desenvolvimento mais equilibrado no país.

“Ao apostar na geração distribuída, o Brasil fortalece portanto sua competitividade e acelera a construção de uma economia de baixo carbono. Trata-se de um movimento irreversível, em que consumidores, empresas e governos atuam de forma integrada para promover mais eficiência, sustentabilidade e desenvolvimento. É um caminho sem volta, que une responsabilidade ambiental com oportunidades de crescimento econômico e social para as próximas décadas”, completa Pieroni.

Leia também Geração distribuída terá crescimento acima de 20% em 2025, aponta ABGD
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