Governo admite importância das térmicas para equilibrar a segurança com modicidade tarifária

Governo admite importância das térmicas para equilibrar a segurança com modicidade tarifária

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, afirmou que o custo adicional com o acionamento de térmicas, determinado pelo CMSE, deve ficar limitado a uma demanda pontual.

Reforçou o diretor-geral que “Basicamente, elas não funcionarão de forma ininterrupta. Apenas em alguns momentos do dia, em alguns horários”. Foi o que afirmou após participar de uma audiência no Senado Federal sobre tarifas de energia no dia 05 de outubro.

Recentemente o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, informou que o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico trabalha com muita precaução para garantir suprimento. E, ao mesmo tempo, equilibrar a segurança com a modicidade tarifária.

Além disso, ao reconhecer que o país dispõe de fontes de energia de custo mais baixo que precisam ser aproveitadas, ele reafirma a importância estratégica de utilizar energia firme — como as hídricas e térmicas — para assegurar a segurança energética.

Daniel Araujo Carneiro, Diretor Comercial e Regulatório da Bolognesi Energia, destaca que “de fato, a matriz futura do SIN (Sistema Interligado Nacional) contará com as térmicas a óleo, desde que elas desempenhem o papel esperado: operar com ampla flexibilidade para garantir a confiabilidade elétrica e a segurança energética”.

Isso se torna mais objetivo e claro, utilização do parque térmico existente, uma vez que está em curso uma descontratação de térmicas que por serem flexíveis se tornaram mais competitivas uma vez que agregam o benefício econômico atrelado à redução da receita fixa.

No caso específico da Bolognesi Energia tivemos uma participação efetiva e satisfatória das plantas chamadas a despachar, Termo Pernambuco III, Maracanaú e Borborema, em índices superiores a 60%, destacou o executivo.

Assim, fica claro que as UTEs a óleo proveem segurança, modicidade tarifária, flexibilidade frente às fontes intermitentes, CVU (Custo Variável Unitário) baixo, solução transitória de baixo legado, capacidade sem energia, combustível armazenado no site e geram benefícios não percebidos pelos modelos de formação de preço.

Com combustível líquido, possuem vocação para serviços de capacidade, não requerendo quaisquer tipos de subsídios, mas valoração justa do benefício e o direito de participar dos mecanismos competitivos.

A oportunidade para as térmicas a óleo pode estar no leilão de reserva de capacidade de energia, que deve ocorrer durante o ano de 2024.

Recentemente o Ministério de Minas e Energia apresentou a investidores a intenção de realizar um leilão de reserva de capacidade com mais produtos, ampliação de competição e do escopo tecnológico. No ano de 2022, o governo federal decidiu não realizar o leilão e optou por estudar a inclusão de outras fontes além da termelétrica, desde que apresentassem soluções de armazenamento de energia.

A demanda esperada no próximo leilão de capacidade em 2024 é de 8 GW, refletindo o acúmulo de energia não contratada em 2022 e o vencimento dos contratos com as termelétricas existentes.

Artigo de Daniel Araujo Carneiro, Diretor Comercial e Regulatório da Bolognesi Energia

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