A ENGIE e o Estado do Ceará assinaram no dia 15/10, na sede do governo cearense, um Memorando de Entendimentos (MoU) para desenvolver um projeto de hidrogênio verde de grande escala no porto de Pecém.
O foco principal do projeto é a exportação do hidrogênio verde, no entanto, também está sendo avaliado seu uso em mobilidade pesada, na indústria do aço, produção de químicos e mistura para as redes de transporte de gases. Isso permitiria assim transformar o projeto em um hub de hidrogênio verde. Além de incentivar o início de uma economia nacional do hidrogênio verde, o projeto permitirá assim também ativar a descarbonização desses segmentos.
A primeira etapa tem como objetivo produzir entre 100 e 150MW em um prazo de até cinco anos. Em seguida, desenvolverá outras fases até chegar à uma escala maior, acompanhando a expansão dos mercados locais e internacionais. Neste contexto, a ENGIE está aberta portanto a colaborar com vários stakeholders, de forma a permitir que esta ação seja acelerada.
“Na visão da ENGIE, o hidrogênio é um vetor estratégico para a descarbonização, pois permite uma melhor integração das energias renováveis, além de ajudar a reduzir as emissões em setores difíceis de atingirem suas metas. Temos know-how para oferecer as soluções mais eficientes de hidrogênio verde, em escala industrial, no país, contribuindo assim para redução de emissões de gases do efeito estufa e colaborando com a transição para um mundo neutro em carbono, que é o propósito da empresa”, afirma Raphael Barreau.
“Estamos muito felizes em receber uma das maiores empresas da área de energia do mundo e ressalto que estamos prontos para juntos construirmos esse projeto a várias mãos”, afirmou o governador Camilo Santana, complementando sobre as vantagens competitivas que fazem do Ceará o ambiente favorável para a produção de hidrogênio, sem emissão de carbono. “Nossa localização geográfica estratégica, nosso potencial de geração de energias renováveis, por conta do nosso litoral e do sol o ano inteiro, fazem com que o Ceará dessa forma parta na frente na produção e exportação do combustível do futuro”, ressaltou.
O governador Camilo Santana fez o anúncio em uma live nas redes sociais do estado do Ceará. O MoU teve a assinatura do Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (SEDET), Maia Junior, e da secretária executiva do SEDET, Roseane Medeiros.
Pela ENGIE, além de Raphael Borreau, o memorando teve o registro do Diretor de Comunicação e Responsabilidade Social da ENGIE, Gil Maranhão Neto. Além do Representante Regional da ENGIE Green Hydrogen para a América Latina, Koen Langie.
Aposta no hidrogênio verde
O hidrogênio verde é apontado como uma das grandes apostas na transição energética para um mundo neutro em carbono. Ele é obtido por meio do processo de eletrólise, a partir de fontes renováveis, e pode substituir portanto o uso de combustíveis fósseis em indústrias intensivas em carbono.
A meta global da ENGIE é criar assim uma posição forte em hidrogênio verde. Até 2030, a empresa projeta desenvolver capacidade instalada de fabricação de hidrogênio verde de 4GW no mundo. E o Brasil é uma região-chave para o alcance desta meta, considerando a presença do grupo no país e a abundância de energia renovável.
Para fomentar parcerias e estudos nessa área, a ENGIE ingressou recentemente na Associação Brasileira de Hidrogênio (ABH2), tornando-se assim a primeira empresa do setor de energia a se filiar à entidade. No mundo, o Grupo já possui 70 projetos de hidrogênio verde industrial em funcionamento (com 20 projetos > 50MW) em 10 países.
Legenda da foto de capa (da esquerda para direita):
1) Koen Langie, Representante Regional da ENGIE Green Hydrogen para a América Latina
2) Raphael Barreau, Vice-Presidente Executivo de Desenvolvimento de Negócios Globais da ENGIE Green Hydrogen
3) Gil Maranhão Neto, Diretor de Comunicação e Responsabilidade Social da ENGIE
4) Camilo Santana, Governador do Estado do Ceará
5) Maia Junior, Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Estado Ceará (SEDET)
6) Roseane Medeiros, Secretária Executiva do SEDET
7) Vinicius Resende – Project Engineer, ENGIE Tractebel